Lésbicas, gays e héteros: estamos unidos no crush que sentimos pelo Pabllo Vittar
Tudo começou com uma brincadeira. Logo depois que assisti ao clipe de "Sua Cara", hit de Major Lazer, Anitta e Pabblo Vittar, comentei no meu Twitter: "Mulheres que sentem um crush fortíssimo no Pabllo Vittar, me adicionem". E não esperava receber tantas respostas. Homens héteros, gays, mulheres héteros, lésbicas.
Afinal, o que está acontecendo com a gente?
Bem, pra responder é preciso recorrer à história, voltar às ideias iluministas que defendiam o sexo como parte da natureza humana e essencial à felicidade. Mesmo que a visão fosse machista e bem torta naquela época, é um ideal que se aperfeiçoou com o tempo.
Sentimos hoje o reflexo das revoluções sexuais de 1960 e 1980 e podemos falar de forma aberta e franca sobre o assunto. Colocando assim, até parece ter sido tudo muito simples e fácil, mas nunca foi.
Aqui no Brasil, por exemplo, a ditadura militar cerceou direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, dentre tantas atrocidades. Se de um lado a sociedade levava um soco no estômago, do outro ganhava cores e aspirava liberdade no movimento de contracultura de Gil, Caetano, Gal, Os Mutantes, e centenas de outros artistas da música, do cinema, do teatro, das artes plásticas…
Devemos muito à extravagância cênica de Ney Matogrosso, ao exagero de Cazuza, e aos seus contemporâneos internacionais como David Bowie, Freddie Mercury e mais recentemente, Ru Paul. Performáticos, andróginos, drags, gays ou não, esses artistas abriram espaço para a pluralidade em diversas áreas.
Pertencentes à geração millennial (nascidos entre 1980 e 1995) e navegando entre o masculino e feminino, os cantores Rico Dalasam, Liniker, Glória Groove e Pabllo Vittar atiçam nossa curiosidade, nossos sentidos, nossa libido.
Provam que homem pode usar brinco, batom, saia, maquiagem. Pode cantar o que quiser. Dançar como quiser. Se expressar da forma que quiser. E o que eles provocam: paixão, admiração, tesão ou recalque. É problema de quem sente, não deles.
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