"Minha namorada não sai do armário e não me assume. O que devo fazer?"

(Foto: Getty Images)
"Namoro há mais de dois anos com uma mulher, mas ela nunca se assumiu. Nem mesmo para a melhor amiga. Fingimos que somos apenas colegas sempre que estamos entre a turma dela. Devo me preocupar? Às vezes me incomodo em shows por não poder beijá-la. Já conversamos sobre, mas sinto que não posso exigir nada em relação a isso"
Esse misto de dúvida e desabafo chegou por inbox no meu Instagram outro dia.
Pessoas que não querem sair do armário e assumir por completo uma relação têm as explicações mais variadas para isso. O fim recente de outra união, uma fase atribulada no trabalho ou nos estudos, a família que não está preparada para saber, ou ainda, a dificuldade quase inconfessável de se aceitar, nesse caso, especificamente, como homossexual.
O que nos leva a mentir ou omitir algo sobre nós? Medo? Vergonha? Necessidade de aprovação? Independentemente do motivo, essa é uma questão a ser resolvida.
Faz sentido alguém guardar segredo sobre um relacionamento heterossexual que mantém há dois anos? Claro que não! O princípio é o mesmo para uma relação homossexual. Vale a pena manter um namoro que só existe entre quatro paredes?
As pessoas são diferentes e vão levar mais ou menos tempo pra se entenderem e se aceitarem. Há quem não goste de manifestar carinho em lugares públicos pra não atrair atenções indesejadas. Há quem faça dos beijos e abraços em qualquer ambiente um ato político, um exercício do direito que temos à liberdade. Não há aqui um comportamento certo ou errado, o importante é que o casal esteja em sintonia.
A vida é feita de fases e é compreensível que num determinado momento seja necessário ter mais paciência e tolerância pra lidar com quem amamos. Em contrapartida, para o bem da nossa saúde emocional, precisamos entender o espaço que ocupamos no coração de quem está ao nosso lado.
Que tal abrir o jogo e ter uma conversa franca sobre as angústias, aflições e expectativas na relação?
"A vida não é complicada, nós é que somos. A vida é simples e o simples é sempre correto". Do dramaturgo, escritor e poeta irlandês gay, Oscar Wilde.
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