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Friendzone: 6 dicas para não deixar o crush cair nesse território perigoso

Angélica Morango

13/09/2017 04h00

(Foto: Getty Images)

Você conheceu uma pessoa incrível, as conversas são intermináveis e você até checou se os signos combinam. Não importa se já se beijaram ou não, na sua cabeça vocês têm mais química que a tabela periódica e isso é o que vale. Desde o primeiro momento que você bateu os olhinhos naquela criatura maravilhosa, você construiu todo o relacionamento na sua cabeça e tudo vai dar muito certo, é só uma questão de tempo. Será?

Quem nunca caiu numa "friendzone" que atire a primeira flor despetalada. Friendzone é um termo que surgiu em 1994, no seriado "Friends", e pode ser traduzido como "zona de amizade". Basicamente é esse limbo entre a amizade e a paixão que peregrinamos na tentativa de chegar num oásis amoroso. Só que nem sempre funciona como gostaríamos.

É possível antever um final desastroso e descobrir se você está caindo na desgraça da friendzone? Eu, que já estive dos dois lados dessa situação, acredito que sim. E sugiro atenção a esses sinais:

1. Amiguinha, não!
Você vai ser tratada como amiga. Grande amiga. Aquela amiga de infância, sabe?

2. Conselheira? Eu?
A sua paixão platônica vai ligar ou mandar mensagens pedindo conselhos, contar problemas pessoais e ouvir o que você tem a dizer. Só. Durante um tempo isso vai te fazer acreditar que a relação está evoluindo para algo mais consistente, mas a realidade é outra.

3. Não é a mamãe!
Você é amiga, conselheira, tem um humor ótimo e está sempre lá pra dar aquela força quando surge um imprevisto. E eles surgem o tempo todo. Assombroso! Cuidado.

4. Carência alheia 
As pessoas lidam de maneiras diferentes com as suas carências e ansiedades. Algumas, consciente ou inconscientemente, vão buscar nas outras algo pra preencher esse espaço, aplacar o vazio e a solidão. Apenas.

5. Papo demais, ação de menos
Todos os indícios parecem mostrar que a amizade está virando romance. Vocês passam um tempo cada vez maior se falando e em conexão e até se impressionam com tantas preferências em comum. Sinal amarelo piscando.

6. A hora do xeque-mate
Quando você achar que o relacionamento caminha para um namoro e der um passo ousado à frente revelando o que sente e quer, como um movimento derradeiro numa partida de xadrez, esteja preparada para um desfecho do tipo "e foram felizes para sempre" mas também para ouvir o clichê dos clichês: "A sua companhia é ótima, eu te adoro, no entanto preciso resolver umas coisas comigo e com a minha vida antes de me envolver com alguém.".

Encaremos os fatos: estava tudo muito lindo e muito bom, mas hoje em dia as relações não demoram mais semanas ou meses pra evoluir, as pessoas tendem a demonstrar seus interesses logo de cara. Às vezes a gente se engana e acredita no que quer acreditar, ao invés de enxergar todas as nuances reais do que vivemos. Embarcamos em histórias furadas pra evitar a solidão. Fantasiamos.

O lado bom disso é que sempre aprendemos, amadurecemos, melhoramos. Tudo passa. Ouvimos milhares de "nãos" na infância e ouviremos outros milhares ainda. E distribuiremos "nãos" e "sins" de baciada durante a vida. Tudo é mutável e a graça é essa.

Sobre a autora

Ana Angélica Martins Marques, a Morango, é mineira de Uberlândia, jornalista, fotógrafa e DJ. É também autora do livro de contos Quebrando o Aquário. Passou pela décima edição do Big Brother Brasil e só foi eliminada porque transformou o temido quarto branco no maior cabaré que você respeita. É vegetariana e cuida de três filhos felinos: Lua, Dylan e Mike.

Sobre o blog

Um espaço para falar de amor, sexo, comportamento feminino e feminismo com leveza e humor. Tudo sob o olhar de uma mulher esperta, que gosta de mulheres tão espertas quanto ela!