"Pegging": histórias de quem curte a inversão de papéis na cama
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Marcelo*, de 26 anos, que é músico e se define como heterossexual, ainda era adolescente quando leu uma matéria que destacava o ânus como uma das zonas erógenas mais excitantes do corpo masculino. Curioso e decidido a fazer suas próprias constatações, ele resolveu experimentar a masturbação de um jeito diferente – e adorou. "Coloquei um dedo lá, junto com a punheta, e o orgasmo foi muito mais rápido e intenso. Não virou regra, mas de vez em quando eu me masturbava tocando o pênis e o ânus. Teve um dia em que tive vontade de colocar algo, acho que era uma escova de cabelo, e foi legal também… Mas nunca pensando que poderia ser uma rola, um cara, um travesti. Não pensava isso. A sensação era ótima", lembra.
Da masturbação para o pegging ou inversão, prática sexual em que há uma troca de papéis na cama, foi um pulo. "Vi vídeos de inversão e achei muito legal a ideia da mulher poder ter o prazer em penetrar o homem, e resolvi fazer. Foi muito legal! Minha preferência é ser penetrado e ter o pau estimulado também. Muitas mulheres têm preconceito com a prática, mas em contrapartida muitas adoram". Marcelo pontua ainda que há variáveis: "tem cara que gosta apenas de ser passivo; tem cara que gosta da inversão com 'sado'; tem cara que gosta de se vestir de mulher e ser comido. Eu gosto de ser estimulado no ânus ao mesmo tempo em que masturbo meu pau. Não me visto de 'mina', nem sou submisso", revela ele, que durante o sexo gosta de ser comido com dedos, dildos e plugs.
Elas adoraram a experiência
"Eu e minha namorada costumamos fazer ménage, e um dia saímos com um amigo bissexual. Ele quis conhecer nossos brinquedinhos e pediu pra gente comer ele com a cinta. Enquanto ele fazia sexo oral na minha namorada, eu comi ele. E foi muito bom! Uma super experiência! Depois minha namorada também comeu ele. Me senti muito poderosa mandando em um homem", conta Amanda*, de 29 anos, bissexual.
"Sou lésbica, mas já tive um namorado heterossexual. Certa vez com ele, na hora do rala e rola, sugeri a inversão e ele ficou com um 'medinho'. Fizemos. Foi boa a sensação de dominar. Me deu muito tesão, como me dá com mulheres também. Na verdade, acho muito melhor com mulher. Eu gosto mais de receber, me dá mais tesão, sabe?! Mas com ele eu curti. Ele gostou, até porque repetiu outras vezes, e sentiu saudade quando terminamos. Eu tinha 21 anos, ele 35. Valeu a experiência", diz Fernanda*, 37 anos.
Como saber se ela curte a inversão?
Marcelo explica que não é toda mulher que desperta seu desejo de ser dominado. "Tem mulher que tem mais perfil, eu analiso bastante. Você vê a pessoa mais solta, desenvolta, você já conversa mais. Pelo perfil você sabe que é mais fogosa. Tem muita mulher feminina, 'bonequinha de cristal', que adora! Dá pra descobrir pelo papo". Para os casais que já estão juntos há algum tempo e têm vontade de experimentar a inversão, mas nunca conversaram sobre o assunto, ele dá a dica: "Mostre vídeos de pegging! É questão de companheirismo e diálogo. O casal tem que ser bem resolvido e aberto, tem que ter um relacionamento cabeça".
Tá a fim?
O estímulo da região anal pode ser extremamente prazeroso, pra ambos. Para que o casal curta a experiência, é importante estar na mesma sintonia e, principalmente, ignorar os tabus. Homens que curtem o pegging não são, necessariamente, bi ou homossexuais. Mulheres que praticam a inversão, tampouco. Essa é apenas uma variação de uma prática famosíssima, o sexo anal. Desfrute sem neuras.
*Nomes fictícios para preservar a identidade dos entrevistados.
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"Você já comeu alguém de cinta?"
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