Sem paumolice: as cantadas bem humoradas pra usar no Carnaval
"Carnaval tá aí, já decoraram as cantadas sem ser macho esgoto?", perguntou a postagem com milhares de comentários, curtidas e compartilhamentos no Twitter. Curiosa, parei pra ler: "Você tem uma energia maravilhosa" e "Você tem uma sensibilidade admirável" foram algumas das pérolas de paumolice que desfilaram ali na minha frente.
Por falta ou excesso de informação por todos os lados, perde-se o senso crítico e o bom senso. De onde tiraram que frases como essas são cantadas? Cantada, por definição léxica, é uma conversa sedutora. Xaveco, que é um sinônimo de cantada, consta no dicionário como canalhice, patifaria, sacanagem.
Afinal, dá pra ter uma conversa safada e interessante com alguém que estamos vendo pela primeira vez? Dá. Lindamente. Mas há limites a serem respeitados.
Sinais, fortes sinais
Já nascemos nos comunicando. Desde bebês, muito antes de exprimir com palavras o que queremos ou precisamos, nos fazemos entender por gestos, olhares e expressões faciais. Comunicação não verbal é instintiva. Isso significa, por exemplo, que se o alvo da paquera retribuir um olhar, uma piscadinha ou um sorriso, esses podem ser sinais, fortes sinais, de que é permitido se aproximar.
Palavras mágicas
A melhor abordagem não é um "Olá, fidalga, me daria a honra de exaltar o seu intelecto?", mas a naturalidade. Não é preciso inventar firulas pra chamar a atenção. Elogios sinceros e respeitosos sobre a beleza, a roupa ou o talento para a dança nunca mataram ninguém – a não ser de amor.
Além disso, "com licença", "por favor" e "obrigado", são expressões que de tão básicas, necessárias, e por vezes escassas, provocam até arrepios (gostosos, claro) em quem ouve. Pra usar sem moderação.
Perto, mas não muito
Lembra da infância, quando as professoras ensinavam que pra formar uma fila bastava ficar atrás do coleguinha com um braço de distância? Não foi à toa. Entender e respeitar o espaço do outro é fundamental. Claro que, no meio da multidão, é difícil manter essa medida – mas não é impossível quando a gente lembra que o corpo de cada um é um templo. E templos a gente preserva com carinho.
(Desde o Carnaval do ano passado, a prática de atos libidinosos sem consentimento é considerada crime de importunação sexual. Toques inapropriados, puxões e encoxadas são alguns exemplos de violação. A pena pode variar de um a cinco anos de prisão.)
E aí, rola?
Uma das coisas mais gostosas num flerte é a constatação de que o interesse é recíproco. Quando acontece num ambiente real (ao invés do virtual), é infinitamente mais emocionante. A graça está na possibilidade do contato imediato – mas que também envolve alguns riscos, como a possibilidade levar um fora "ao vivaço". E um "não" não se discute, se acata. Quebra o nosso coraçãozinho. Magoa. Mas a festa não acaba por isso. Se não deu certo, bola pra frente e vida que segue. Quando rolar, aí é só correr pro abraço – aquele consentido e desejado.
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