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Morango

"Sou ativa, minha noiva é 'total flex', e isso está gerando insatisfação"

Universa

20/02/2018 05h00

Toda insatisfação merece ser averiguada (Getty Images)

"Sou ativa no sexo, minha noiva é relativa, e isso é um assunto que sempre evitamos porque nos deixa tensas e, ao mesmo tempo, tristes por não satisfazermos totalmente uma a outra. De que maneira poderíamos nos ajudar?"

Essa é a dúvida de uma leitora de 24 anos. Sua noiva tem 22, e elas estão juntas há pouco mais de um ano. Ela também contou que, em outros relacionamentos, já mantinha uma postura mais dominadora na cama, apesar dos pedidos das ex-namoradas para que experimentassem outras coisas.

Como saber se uma mulher é ativa ou passiva?

Antes de responder, é importante recapitular essas definições de ativa, passiva e relativa (ou total flex), que já abordei aqui. Ativas são as mulheres com mais iniciativa na cama, que gostam de fazer sexo oral na parceira, penetrar com os dedos, brinquedos etc. Passivas são as que preferem manter uma postura mais submissa durante a relação sexual. E relativas ou flexíveis, as que revezam esses "papéis".

Estilo é uma coisa; preferência sexual, outra

Ter um visual mais masculino, "butch" ou "tomboy", não denota completa dominação na cama. Assim como um look mais feminino, "femme" ou "lady", não representa, exatamente, total submissão entre os lençóis. Só dá pra descobrir perguntando. E se há intimidade pra isso, claro. Uma coisa é estilo; outra, bem diferente, preferência sexual.

Da insatisfação para o prazer

Voltando à dúvida da leitora, como as duas namoradas podem se ajudar, já que, nesse momento, ambas têm dificuldade até de conversar sobre sexo? Primeiro, é essencial lembrar que nenhum assunto deve ser um tabu para o casal. Depois, entender por que a ideia de ser acariciada parece tão ruim.

Experiências ou tentativas desagradáveis no passado não podem balizar o presente ou o futuro. Permitir-se experimentar é uma possibilidade, contanto que não seja um martírio. Se há incômodo ou dor física, é importante passar por uma avaliação médica, ginecológica.

Se a tensão emocional é muito forte, uma investigação psicológica pode encontrar as causas e trazer respostas. Não há nada de errado em preferir ser 100% ativa ou totalmente passiva, entretanto, toda insatisfação merece ser averiguada. Sexo bom é aquele que gera prazer, não angústia.

Sobre a autora

Ana Angélica Martins Marques, a Morango, é mineira de Uberlândia, jornalista, fotógrafa e DJ. É também autora do livro de contos Quebrando o Aquário. Passou pela décima edição do Big Brother Brasil e só foi eliminada porque transformou o temido quarto branco no maior cabaré que você respeita. É vegetariana e cuida de três filhos felinos: Lua, Dylan e Mike.

Sobre o blog

Um espaço para falar de amor, sexo, comportamento feminino e feminismo com leveza e humor. Tudo sob o olhar de uma mulher esperta, que gosta de mulheres tão espertas quanto ela!