Casal faz sucesso na web ao criar canal com histórias reais emocionantes
"Quando foi a última vez que você ouviu a história de alguém?" É com essa pergunta, que provoca a nossa empatia, que a página "Histórias de Terapia" se apresenta. Lá, pessoas reais expõem suas vivências, seus medos e suas superações. Em tempos de pandemia e reclusão, conhecer, no conforto de casa, a realidade de outras pessoas pode ser uma daquelas experiências que deixam o coração mais quentinho.
Ter.a.pia
O canal surgiu há exatamente dois anos, por acaso. Um dia, após lavar a louça e partir para um aniversário, os namorados Lucas Galdino e Alexandre Simone tiveram uma ideia simples, mas genial: "e se a gente colocasse as pessoas pra lavar louça enquanto revelam suas histórias?". O ato, corriqueiro, pra eles sempre foi terapêutico. "Quando tá lavando louça, a gente pensa nas coisas da vida e também conta o que aconteceu durante o dia, a semana, enfim, sempre conversa", explica Lucas. Naquele momento nascia o Histórias de Terapia, um canal em que as pessoas se abrem enquanto ensaboam e enxaguam os utensílios de cozinha.
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"No começo, fomos atrás de histórias de amigos, parentes e pessoas próximas. Muitos relatos nos surpreendiam porque a gente conhecia uma parte da história, mas o todo era muito mais profundo do que parecia", conta Lucas. O que começou com um hobby para os dois mostrou que tinha muito potencial para crescer.
Comunicadores de formação (Lucas é jornalista e Alexandre, radialista), eles não imaginavam que o insight que tiveram mudaria completamente a vida de ambos – e de milhares de outras pessoas. Nas principais plataformas como Facebook, Instagram e YouTube, o canal reúne quase 400 mil seguidores atualmente. "A gente nunca pensou em ser youtuber ou pensou o canal como algo tão grande como ele é hoje. Começou como uma brincadeira. A gente sempre gostou de ouvir histórias, mas a gente queria fazer de uma forma diferente", entregam.
Sucesso repentino
Em pouco tempo, no nono vídeo, o canal, que tinha 2 mil curtidas no Facebook, pulou para 90 mil, para surpresa da dupla. "O tema foi maternidade compulsória e foi super interessante pra gente, porque nenhum dos dois passa por isso, mas que abriu muito a nossa cabeça. Lá, a Ana fala sobre não querer ser mãe. Esse vídeo bombou, teve 4 milhões de visualizações de uma hora para a outra."
Os números do canal impressionam: uma das publicações mais recentes, a que traz a história da Gláucia, uma mulher que adotou uma senhora de 60 anos como filha, já foi assistida mais de 11 milhões de vezes no Facebook.
Outro momento marcante para os criadores de conteúdo foi a primeira gravação fora do estado de São Paulo. Paulistanos, os dois viajaram até Curitiba, capital paranaense, para ouvir a história do Robson, um manicuro. "Foi super legal porque ele superou uma depressão através dessa profissão. Ele tinha um bloqueio, e quem o ajudou foi a mulher", lembram.
"Às vezes as pessoas só precisam ser ouvidas"
"Toda história importa e é válida de ser contada. As pessoas param a gente pra contar histórias na nossa família, em grupos de amigos, e entre as pessoas que sabem que a gente tem o canal. Viramos confidentes de muitas histórias que não vão pro ar e é muito bonito. Às vezes as pessoas só precisam ser ouvidas. Não querem uma resposta ou alguém que bata um martelo", declara Lucas, que só desconversa quando pergunto sobre a história de amor dos dois: "eu era repórter de cultura, o Alê trabalhava numa assessoria de imprensa de artistas, e tínhamos amigos em comum. A gente se conheceu assim, depois trocamos mensagens no Instagram. Não teve nada excepcional, foi muito natural, acontecendo aos pouquinhos, e 'tamo' aí, há três anos juntos."
Sobre a quarentena, a que todos estamos submetidos, eles explicam que, se necessário, suspenderão as gravações e podem reexibir alguns dos 80 vídeos já produzidos. "São 80 histórias, e tem muita gente nova que não viu os vídeos antigos, que a gente pode resgatar."
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