As revelações picantes de um casal swinger e poliamorista
Elquer é palestrante, mas não de sexualidade ou poliamor. CEO de uma empresa de criptomoedas, mais especificamente bitcoins, ele segredou, durante a entrevista, não se sentir tão à vontade para contar detalhes da vida íntima quanto para falar de negócios. Sensação desfeita ao longo de uma hora de conversa.
Aberto e bem articulado, ele, que é praticante de swing e adepto do poliamor, demonstrou uma paixão extrema pela esposa, a quem trata carinhosamente pelo apelido de "morena", revelou sentir ciúme "às vezes" e mostrou como algumas passagens de sua adolescência o levaram a ter um relacionamento diferente do convencional.
"Eu vim de uma família circense e, durante muito tempo, a gente conviveu no meio de pessoas que tinham mentes diferentes. Eu posso dizer que me criei no meio de 'vagabundos' e 'prostitutas', que é como eram vistas as pessoas que trabalhavam em circos e parques antes dos anos 2000. Era um refúgio de marginal para alguns. Eu convivi nesse meio. E a gente via que, nesse meio, tudo era uma questão de ponto de vista. Tu vê que tudo muda de acordo com a forma com que cada pessoa foi criada. E aí, com o passar do tempo, tu vai evoluindo, tendo uma cabeça diferente do padrão. Aprendi a ter meus próprios gostos."
Na família da esposa, a "morena", as revelações do par causaram choque: "A mãe dela não sabia que ela era praticante de swing, não sabia metade das coisas que ela fazia, que ela era exibicionista, não sabia de nada. A primeira coisa que a gente fez assim que começou o relacionamento foi conversar sobre o assunto, porque eu tenho uma teoria que é: para quem eu devo satisfação, sou obrigado a contar. Prefiro adiantar um problema do que passar a vida toda esperando uma bomba explodir. Sentamos e explicamos pra mãe dela. Obviamente, a primeira reação não foi 'festas e balões', foi meio tenso, mas as coisas foram se acalmando e tudo se resolveu."
"Morena", a esposa de Elquer, é Rangel Carlos. Modelo, levou o título de Miss Bumbum Santa Catarina 2017, já foi capa da revista Sexy e é acompanhante de luxo.
Os números dão uma ideia da popularidade da gaúcha, de 24 anos: só no Twitter Rangel tem mais de 60 mil fãs; no Instagram, quase 30 mil. Nas redes sociais, onde posta fotos e vídeos provocantes, ela também responde às mais diversas perguntas, sem papas na língua.
– Se um cliente fosse especial e te levasse à loucura, literalmente, deixaria de cobrar o cachê?
– Jamais. Saio com muitas pessoas bacanas, mas respeito muito o meu trabalho e diversão não paga minhas contas.
– Você aparenta curtir masoquismo! Eu também curto, adoro levar chutes no saco… Papo reto: não existe sensação melhor no mundo do que ser humilhado, espancado e ser escravo de uma mulher…
– Sei lá, né?! kkkk
– Cliente para você tem que ser…?
– Cheiroso.
– Deixaria um cara gozar no seu ombro no transporte público?
– Jamais! Se eu não machucar muito o pau dele, vai ser, no mínimo, linchado!
– O que é, para você, amar?
– Respeito e lealdade.
Juntos há seis anos, Rangel e Elquer são pais de Henry, de três. O casal, que se conheceu em uma casa de swing e já viveu dois relacionamentos poliafetivos, explica que respeito e lealdade para eles têm a ver com o acordo particular que mantêm. "Óbvio que rola uma pontinha de ciúme, mas isso faz parte do amor. A gente tem um acordo bem claro sobre outros relacionamentos, sair com outras pessoas. Ela sai sozinha com outros homens, eu saio sozinho com outras mulheres, saímos juntos com casais e solteiras, sem problema. É uma coisa bem combinada. Sempre existe a necessidade de um avisar, consultar o outro, mesmo eventualmente sabendo a resposta, e acho que isso é o que faz diferença. E se um disser 'não' é 'não', 'sim' é 'sim', e assim por diante. Já aconteceu de haver uma negativa, mas mais pra teste, pra ver se tá funcionando mesmo! (risos) A gente confia plenamente um no outro".
Leia também:
Quer ter um relacionamento aberto? Leia estas histórias antes
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.